domingo, 20 de novembro de 2011

Dia Mundial Diabetes

Diabetes é um termo que pertence ao vocabulário da maioria das pessoas, pois todos nós conhecemos alguém que sofre deste problema. A Diabetes é uma doença muito frequente na nossa sociedade e em Portugal, calcula-se que existam entre 400 a 500 mil pessoas com diabetes.

A diabetes é uma doença crónica que resulta da incapacidade parcial ou total do pâncreas em produzir insulina. Esta hormona é responsável por manter em níveis normais a quantidade de glicose (açúcar) no sangue.

A chamada diabetes tipo 1 aparece em crianças e jovens de idades inferiores a 30 anos, neste caso o pâncreas fica incapacitado de produzir insulina, fazendo com que os doentes precisem de medicação diária para repor as carências de insulina, normalmente através de insulina artificial.

A diabetes tipo 2 surge após os 30 anos de idade, normalmente associada ao excesso de peso, sedentarismo e maus hábitos alimentares. São raros os casos em que é necessário administrar insulina, porém pode ser necessária medicação oral.

Existe, ainda, a diabetes que ocorre durante a gravidez: a Diabetes Gestacional. Esta forma de diabetes surge em grávidas que não tinham diabetes antes de engravidar e, habitualmente, desaparece quando a gravidez termina. Contudo, quase metade destas grávidas com diabetes virão a ser, mais tarde, pessoas com diabetes do tipo 2 se não forem tomadas medidas de prevenção.
A diabetes pode apresentar diferentes sintomas, consoante o seu grau de evolução. Os principais sintomas são o aumento do volume de urina (políuria), o aumento da sede (polidipsia), o aumento do apetite (polifagia), o cansaço persistente, a dificuldade na visão, a dificuldade na cicatrização, entre outros. Muitas vezes, a diabetes é uma doença silenciosa, e pode evoluir durante muito tempo, sem apresentar qualquer sintoma. A melhor forma de contornar esta situação, é prevenir-se e realizar análises sanguíneas de rotina, para medir os níveis de glicose no sangue.

 Como doença crónica que é, a diabetes leva ao aparecimento de grande número de complicações é o exemplo de:

·        Hipoglicemia que é a causa mais frequente de coma ou de perturbações de consciência em diabéticos.

·        Retinopatia, cataratas e glaucoma são as afecções que mais podem prejudicar a função visual em diabéticos e são também considerados atualmente as principais causas de cegueira.

·        Infeções são mais frequentes nos diabéticos porque as suas resistências estão diminuídas e devido á dificuldade de cicatrização.

É também frequente entre os diabéticos maior número de casos de problemas cardíacos, hipertensão arterial e de problemas renais.

Torna-se por isso, hoje em dia, imperioso prevenir, pois economicamente é mais rentável evitar uma doença do que tratá-la. Para além de todas as implicações económicas que possam surgir, é fulcral, a nível dos profissionais de saúde, dar ao ser humano uma melhor qualidade de vida e para tal é necessário o fomentar toda uma serie de estratégias de forma a que isso seja conseguido.

É preciso ter-se a noção que a forma mais correcta, senão a única, de travar os custos na abordagem da diabetes e suas complicações, é investir seriamente e de forma inteligente na sua prevenção, no diagnóstico precoce e na optimização do seu tratamento.

O reconhecimento de que a diabetes merece uma atenção muito especial em relação ao seu rastreio, vigilância e controlo, levou a que a OMS (Organização Mundial de Saúde) e a FID (Federação Internacional da Diabetes) propusessem a comemoração do dia mundial da diabetes. O objectivo é aumentar a consciencialização global sobre a doença e chamar a atenção dos políticos, autoridades de saúde, governos, comunicação social e da comunidade em geral, para a problemática desta doença. A data é comemorada em vários países (desde 1991) no dia 14 de Novembro, como forma de homenagear Frederick Banting, um dos responsáveis pela descoberta da insulina e pela sua aplicação no tratamento da diabetes humana. Pretende-se que o dia 14 de Novembro represente um dia de reflexão profunda e o auge de uma campanha integral de informação sobre a diabetes.

É obrigação dos serviços de saúde alertar a população para encarar este problema de frente e com seriedade. Assim sendo, a equipa da USF (Unidade de Saúde Familiar) – Terras de Ferreira, organizou uma sessão de educação para a saúde sobre a Diabetes, dia 14 de Novembro de 2011 (Dia Mundial da Diabetes), na Biblioteca Municipal de Paços de Ferreira; contando com a presença da Drª Soraya Bernardo - Nutricionista, Drº José Miguel Mendes – Médico, Drª Raquel Joana Rodrigues - Professora de Educação Física, Enfermeira Fernanda Neto, Enfermeira Lurdes Gomes e D. Arminda Peixoto - Secretário Clínico. Pretendemos com esta sessão de educação para a saúde sensibilizar os utentes e motivá-los para uma correcta alimentação, para o exercício físico, para o controle analítico periódico e para um precoce diagnóstico da doença.

A diabetes, ao contrário da maioria das doenças, é das poucas que o doente consegue controlar se cumprir o plano alimentar, exercício e a terapêutica. O diabético bem controlado e acompanhado por uma equipa multidisciplinar e competente, viverá com qualidade e livre das complicações debilitantes que a diabetes proporciona.

Lembre-se que ninguém pode ser culpabilizado por ser diabético mas, é nosso dever contribuir para a preservação da nossa saúde e manter um estilo de vida saudável.

A Equipa da USF Terras de Ferreira agradece a todos os que contribuíram para que este evento tenha sido um sucesso e promete continuar com muito "brio" profissional a Promover a Saúde… Estamos Consigo.

Enfª Ana Maia (USF Terras de Ferreira)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Dia Mundial da Diabetes

A equipa da USF – Terras de Ferreira, pretende organizar uma Sessão de Educação para a Saúde sobre a Diabetes, dia 14 de Novembro de 2011, no Centro de Saúde de Paços de Ferreira.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Panfleto Introdução de novos alimentos no primeiro ano de vida

Os dois primeiros anos de vida são fundamentais para a promoção de um crescimento adequado, saudável e um desenvolvimento comportamental apropriado.
 
O leite materno é o alimento ideal para a criança nos primeiros meses de vida, contém todos os nutrientes essenciais na proporção e quantidade necessárias ao crescimento e desenvolvimento da criança.
A Organização Mundial de Saúde recomenda o Aleitamento Materno exclusivo até aos 6 meses de idade. A partir desta fase, o leite materno deixa de ser suficiente para suprir as necessidades nutricionais, sendo assim fundamental introdução de novos alimentos, a diversificação alimentar.
A alimentação diversificada consiste na transição de uma alimentação exclusivamente láctea para outra que inclui, além do leite, outros alimentos de maior consistência até chegar a alimentos sólidos. Constitui um período de transição entre o aleitamento materno e uma alimentação semelhante ao resto da família. A alimentação diversificada, também denominada de alimentação complementar, deve complementar o leite (materno ou fórmula) e não substitui-lo.

   Diversos organismos internacionais relacionados com a Nutrição Pediátrica defendem que a alimentação diversificada não deve iniciar-se antes dos 4-6 meses de idade, nem depois dos 6-8 meses. Contudo estes limites não devem ser fixos e sim adaptados a cada caso específico, tendo em conta a maturação e desenvolvimento do aparelho digestivo, da função renal e do desenvolvimento psicomotor e comportamental. A introdução precoce de novos alimentos pode acarretar algumas desvantagens, como o aumento do risco de aparecimento de alergias alimentares e excesso de peso.
Os objectivos da diversificação alimentar são mais do que nutricionais. Esta nova fase do desenvolvimento da criança visa também a aquisição de competências através dos estímulos fornecidos pelos novos alimentos (texturas, sabores, odores, visão) e também a educação nutricional e a preparação da criança para se inserir no regime alimentar familiar.
Não existe uma ordem rígida a ser seguida nos primeiros alimentos oferecidos. Usualmente o 1º alimento a ser introduzido é papa de cereais (por volta dos 5 meses), mas também se pode iniciar com a fruta. Alimentos com glúten (proteína que se encontra em alguns cereais trigo, centeio, aveia e cevada) não devem ser introduzidos antes dos 6 meses.
 Ao longo da diversificação alimentar deve-se ter o cuidado de inserir um alimento de cada vez, com um espaço de 3 a 5 dias entre cada alimento. Desta forma se ocorrer alguma reacção ao novo alimento é possível detectar e corrigir eficazmente.

   Aos 6 meses pode ser introduzida a fruta. Deve começar-se pela maçã, pêra e banana. A fruta no início pode ser cozida, passando depois a ser crua.

   A criança pode começar a comer sopa de hortícolas por volta dos 6-7 meses. Numa fase inicial deve incluir-se na sopa, a cenoura, a batata e a abóbora e gradualmente ir introduzindo outros hortícolas como a cebola, o alho-francês e a couve branca.
 Os espinafres e o nabo tal como o kiwi, os morangos, o pêssego e a manga por serem potencialmente alergénicos, só deverão ser introduzidos depois de 1 ano de idade.
Os boiões de comida devem ser para emergências, e optar por fazer a sopa e preparar a fruta em casa, sendo mais vantajoso para a criança e mais económico para a família.
Para que a criança comece a habituar-se ao sabor da carne, aos 8 meses, esta deve ser cozida e retirada da sopa. Deve optar-se por peru, coelho e frango, e quando a criança já estiver familiarizada com o sabor pode-se triturar a carne na sopa e mais tarde inclui-la nas outras preparações culinárias.

   Aos 9 meses pode introduzir-se a gema de ovo, deve dar-se 1/4 de gema cozida, 3-4 vezes por semana, e só aos 10 meses introduzir o peixe, sendo a melhor opção a pescada, o linguado e a solha.
O iogurte pode também ser inserido aos 10 meses, começando pelo iogurte natural.
A partir do 11º mês introduzem-se as leguminosas e devem ser fornecidas 2 vezes por semana com arroz ou hortícolas. Ainda aos 11 meses, quando a criança já conseguir mastigar, começa-se a introduzir o arroz, a massa e o pão.

O açúcar e o sal não devem ser adicionados aos alimentos da criança, devendo retardar-se a sua introdução. Quanto mais tarde contactarem com este tipo de sabores, mais tarde vão adquirir a sua preferência por eles, e neste sentido os pais têm um importante papel no desenvolvimento das preferências alimentares dos seus filhos, pois são normalmente o elo de ligação entre a alimentação e a criança.
A consistência dos alimentos deve começar por ser uma papa homogénea e evoluir para mais granulosa até que fique com pequenos fragmentos, quando surgirem os primeiros dentes.
É importante realçar que se deve encorajar a criança a provar os novos alimentos, mas não a forçar porque é normal a recusa de alguns alimentos. Deve experimentar-se diferentes combinações, texturas e métodos culinários para tentar melhorar a aceitação.
 Encare com entusiasmo esta nova fase de desenvolvimento do seu filho, e estimule a sua entrada no " mundo da alimentação" de uma forma saudável.

"Uma óptima diversificação alimentar depende não só do que é oferecido, mas também como, quando, onde e por quem é oferecido "Pan American Health Organization,World Health Organization